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Leonardo Sakamoto

Participem do 2º Desafio "Por que este blog é tão idiota?"

Leonardo Sakamoto

18/11/2012 10h04

Dentro de poucos dias, este blog completará seis anos de vida. Viva!

Todos que o frequentam conhecem meu posicionamento político e minha visão de mundo. Na falta de um termo melhor, poderia chamá-lo, com um certo desconforto, de "progressista", uma vez que dizer que alguém é de esquerda ou de direita está em desuso. Avaliando, contudo, os comentários que aqui aparecem, posso dizer que os reacionários me amam. Parece que a temática dos direitos humanos funciona como uma espécie de imã, atraindo todo o tipo de lugares-comuns, ódios e demais faltas de entendimento. Mas é ótimo que o debate saia do armário e corra solto. Sem isso, não conhecemos a opinião do outro, não o entendemos e, portanto, não crescemos como sociedade. Ou, pelo menos, não damos tanta risada.

Para celebrar a data, mostrar que eu também amo os reacionários e promover o diálogo, a troca de ideias, o amor entre os povos e a paz mundial, lanço a segunda edição do prêmio "Por que este blog é tão idiota?". Como o desafio foi um sucesso no ano passado, decidi reeditá-lo.

Segue o regulamento:

1) Para participar, é simples. Escrevam uma resposta até o limite da área de comentários, respondendo a uma das duas perguntas:

POR QUE AS POSIÇÕES DEFENDIDAS NO BLOG SÃO TÃO IDIOTAS?

ou

POR QUE FAZ SENTIDO SER CONSERVADOR NO BRASIL HOJE?

2) O melhor texto será julgado por mim, é claro, sem preconceitos ou retaliações.

3) As duas melhores respostas ganharão livros, que seguirão pelo correio:

  • Melhor resposta: "O Capital", de Karl Marx, esse barbudo tão incompreendido.
  • Segunda melhor resposta: "Occupy – Movimentos de Protesto que tomaram as ruas", da editora Boitempo.

Além disso, os dois textos serão publicados como post no blog.

4) Este post – de forma extraordinária – não aceitará comentários que não sejam textos respondendo a uma dessas perguntas. Ou seja, no final, eles serão apagados e só os textos ficarão.

5) Casos não previstos serão resolvidos por mim, afinal de contas, sou o tirano deste espaço digital.

Essa é a hora de botar para fora todos os argumentos e destruir este maldito japonês que defende coisas como o direito ao aborto, o matrimônio homoafetivo, a reforma agrária, a igualdade entre os gêneros, o desenvolvimento minimamente sustentável, o fim da inquisição, a glória imortal do Palmeiras.

Ou tentar entender o outro lado. Serão aceitos textos de conservadores, mas também de progressistas. Isso é que bem coração de mãe.

Apenas lembrando que, na hora em que forem usar ofensas (tática mirim de derrubar o outro criticando quem ele é e não o conteúdo de sua informação, mas vá lá), lembrem-se que: a) não sou filiado a partido político; b) este blog não recebe dinheiro de governos; c) conheço as realidades do qual trato de perto; d) não comprei meu doutorado, mas acho que um título vale menos que um dedo de prosa do Patativa do Assaré; e) Meu notebook não é um MacBook Pro, mas sim um MacBook Air.

Vocês têm sete dias. Domingo que vem, ostentarei o texto vencedor.

(O prazo foi prorrogado para domingo (02/12) por total falta de tempo para escolher um vencedor.)

Sobre o Autor

É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.