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Leonardo Sakamoto

Se homem engravidasse, o aborto seria livre?

Leonardo Sakamoto

24/02/2015 20h50

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha disse que a ampliação do direito ao aborto só será votada passando-se por cima do seu cadáver. Vale lembrar que o aborto já é legal no Brasil, como nos casos de risco à vida da mãe e de estupro. O que se discute é a ampliação desse direito para qualquer situação até certo mês de gravidez. Hoje, o "direito" ao aborto é universal se você pode pagar por uma boa clínica particular ilegal. Caso contrário, arrisca a vida.

A jornalista e escritora Laura Capriglione contou, em debate no Havana Connection, que foi ao ar nesta terça (24), que ela já realizou um aborto. "Sei o que é o sofrimento de uma menina que engravida contra a vontade, sem trabalho, sem formação, e tem que tomar uma decisão extrema, como se enfiar em uma clínica clandestina", lembra. "Foi um decisão dramática, sofrida. Eu pude ir a uma clinica frequentada pela classe média. Mas meninas pobres vão parar em açougues e são mortas."

Assista ao bloco do Havana Connection que tenta responder a pergunta: "Se homem engravidasse, o aborto seria livre?"

Com mediação do blogueiro e cientista político, Leonardo Sakamoto, o Havana Connection conta com a participacão do professor e coordenador do MTST, Guilherme Boulos, do jornalista e deputado federal Jean Wyllys e da jornalista e escritora Laura Capriglione.

Havana Connection 2 na íntegra.

Bloco 1 – Se homem engravidasse, o aborto seria livre? 
Bloco 2 – O resto do país vai copiar os protestos do Paraná? 
Bloco 3 – Deus ama gays, lésbicas, travestis e transexuais? 
Bloco 4 – Prefiro ser feliz do que ser magra", disse Ellen Rocche 

Sobre o Autor

É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.