Eita! Mas alguém da "produção" disse que seria fácil...
Adoro o jornalismo que, quando o tema exige, pressiona o entrevistado, não tem medo de ser inconveniente e nem fica levantando bola para o convidado cortar. Ou sendo capacho para tentar agradar.
Mas fazer uma entrevista, ao vivo, de forma dura e instigante, sem perder a educação ou o bom senso, demanda preparo – coisa que é rara no jornalismo preguiçoso, arrogante ou que obedece ao modelo "linha de montagem" – no qual trabalhamos tanto que não temos tempo para a reflexão. Ou ainda no jornalismo que acaba por defender governos ou pontos de vista hegemônicos por uma questionável linha editorial alinhada.
Separo três casos em que, na minha opinião, os jornalistas levaram um banho dos entrevistados ao vivo. Acho que todos nós já tomamos na cabeça, então considerem isso como exemplos didáticos.
Agradeço aos colegas que me indicaram todos. Dois deles estão em inglês (mil perdões!).
Glenn Greenwald, colunista do jornal inglês The Guardian, que divulgou as informações colhidas pelo técnico de segurança norte-americano Edward Snowden, mostrando como o Tio Sam espiona o mundo, é atacado pela entrevistadora da BBC, que quer – a todo o custo – questionar a legitimidade do seu trabalho. Incluindo petardos à sua vida íntima.
Reza Aslan, um acadêmico que pesquisa o cristianismo, tem sua credibilidade atacada por uma jornalista da Fox News, que não quer saber do livro, apenas busca entender quais os "motivos reais" que levaram um muçulmano a pesquisar Jesus.
Esse é mais leve, mas nacional. Sílvio Caccia Bava, sociólogo, foi questionado pelos apresentadores da Globonews, que não conseguiram fazer com que ele considerasse vândalos jovens que participaram de manifestações na Inglaterra.
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