Refugiados: A comoção pelo menino morto mudou algo? (Havana Connection)
A 11a edição do Havana Connection foi gravada no Campo Limpo, bairro da zona sul de São Paulo e discute os problemas das periferias das grandes cidades brasileiras. O programa também debate a crise dos refugiados que tentam entrar na Europa – ou morrem no meio do caminho.
Bloco 1 – De quem é a culpa pela morte menino sírio da foto?
Fotos de um menino sírio que morreu afogado ao tentar fugir do conflito em seu país cutucaram a Europa. Pois é mais fácil ficar indiferente a estatísticas frias do que uma história de vida que acabou de forma estúpida. Países criam conflitos que criam refugiados que vão bater em suas portas.
Bloco 2 – Uma vida no Campo Limpo vale menos que nos Jardins
O centro se lembra que a periferia existe quando um empregado falta ou a violência que mata negros e pobres escorre para bairros ricos. A vida é descartável, mas quem se importa? Tem bastante dela disponível.
Bloco 3 – Você tem TV e carro. Mas não tem educação, saúde e lazer
A inclusão social dos mais pobres se deu pelo acesso a bens de consumo e não pela garantia de serviços públicos de qualidade. Sua vida não melhorou muito, mas você pode ver um mundo melhor da sua TV de 50″ comprada em 60 prestações.
Bloco 4 – Gentrificação: A cidade mais cara. E menos justa
Grandes cidades brasileiras passaram por um processo de encarecimento da vida, segregando os mais pobres e expulsando-os. A especulação imobiliária transforma a cidadania de um direito universal em privilégio de uma minoria.
Com mediação do jornalista Leonardo Sakamoto (que cresceu no bairro em questão), este programa, gravado no bar da Tia Maria, contou com a participação do coordenador do MTST, Guilherme Boulos, e da jornalista Laura Capriglione. Excepcionalmente, Jean Wyllys não participou desta edição.
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