Novo ministro da Saúde recebeu doações de empresa flagrada com escravos
Vale o registro: O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, recebeu doações para a sua última campanha à deputado federal da Construtora Jurema, alvo de uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego que resultou no resgate de seis trabalhadores de condições análogas às de escravo em uma obra na rodovia BR-343, na zona rural da Amarante (PI), em maio de 2011. O total do apoio eleitoral foi de R$ 50.416,55.
A construtora está registrada na Receita Federal, com capital social declarado de R$ 22,45 milhões, em nome de João Costa e Castro e Humberto Costa e Castro – irmãos do novo ministro. João e Humberto também doaram, como pessoas físicas, mais R$ 150 mil para a campanha de Marcelo.
A construtora chegou a ser inserida no cadastro de empregadores flagrados por mão de obra análoga à de escravo, chamada "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego, em 1o de julho de 2014, mas retirada por liminar judicial na atualização divulgada no dia 3 de setembro do mesmo ano. Duas das doações da Construtora Jurema foram no período em que o nome estava na lista, em 27 de julho e em 31 de agosto. O cadastro federal está suspenso por ordem de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal a uma associação de empresas da construção civil.
O patrimônio declarado por Marcelo Castro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, na última eleição, foi de R$ 1.369.937,07. Na de 2010, o total era de R$ 629.274,77 – um aumento de 117%.
Em sua declaração de bens, o ministro – que é médico psiquiatra, além de ruralista – afirmou que possui 31 glebas rurais e fazendas. A mais valiosa é a fazenda Ouro Branco, no Maranhão, no valor de R$ 680 mil, e a menos, a fazenda Maxixeiro IV, no Piauí, com valor de R$ 700,00.
O blog tentou contato com o novo ministro, mas não conseguiu. Assim que tiver uma posição, publicará neste post.
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