Base de Temer veta emenda da eleição direta e exige volta dos Menudos
Nas ruas, é cada vez maior o número de pessoas ressuscitando o grito de "Diretas Já". Enquanto isso, o Congresso volta 30 anos no tempo, ao aprovar a PEC do Teto, que dá às costas a conquistas da Constituição de 1988. Um cheiro retrô, nostalgia, Trash 80s está no ar.
Nesta quarta (14), a base de apoio do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados conseguiu barrar a proposta de emenda constitucional que permitiria uma nova eleição direta para presidente.
De acordo com a Constituição hoje, caso o cargo fique vago até 31 de dezembro deste ano, ou seja, metade do caminho até o pleito de 2018, eleições diretas seriam convocadas. Se ocorrer depois disso, o Congresso é que escolheria, de forma indireta, qualquer brasileiro ou brasileira que se candidatasse à função. A emenda proposta pelo deputado Miro Teixeira, que mudava as regras e previa a possibilidade de eleições diretas até junho de 2018, não conseguiu votos suficientes para poder tramitar este ano pela Comissão de Constituição e Justiça.
Em 25 de abril de 1984, a base de apoio do governo João Figueiredo na Câmara dos Deputados conseguiu barrar a proposta de emenda constitucional que permitiria uma nova eleição direta para presidente.
Na época, foi decretado estado de emergência antes da cotação e as Forças Armadas foram chamadas para cercar o Congresso. Deputados foram presos e a imprensa censurada. A emenda proposta pelo deputado Dante de Oliveira, que restabelecia a eleição direta para presidente após 20 anos de ditadura civil militar, não conseguiu votos suficientes para ser aprovada , fazendo com o que os brasileiros esperassem até 1989 para poder exercer esse direito novamente.
Ou seja, se vamos viver mesmo na década de 80, que Brasília avise logo. Pois terei que dar uma recauchutada no meu guarda-roupa. Ressuscitar blazers com ombreiras, comprar algumas jaquetas de couros largas e jeans de cintura alta. Procurar meus LPs do Richie, com Menina Veneno, e do The Police, com Every Breath You Take. Sai Fafá de Belém (ou Vanusa) cantando o Hino Nacional e entra Kátia, com Não Está Sendo Fácil.
Isso sem falar do pior: deixar os mullets crescerem.
Não fosse pelo déficit democrático e pela zorra institucional, ter que usar mullets já seria motivo mais do que suficiente para qualquer mudança de governo.
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