Defendido na tribuna do Senado
Publico abaixo o desagravo feito à mim e à Repórter Brasil pelo senador José Nery (Psol-PA), presidente da Subcomissão do Trabalho Escravo, em discurso na tribuna do Senado na tarde desta quinta. Ele respondeu à senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que disse, também na tribuna do Senado, que está abrindo um processo por calúnia e difamação por causa de uma matéria que publiquei sobre a usina Pagrisa, palco da maior libertação de trabalhadores escravos da história, em que cito o seu posicionamento com relação ao combate ao trabalho escravo. O assunto ganhou a opinião pública que está condenando o comportamento de senadores que, na defesa da Pagrisa, atacaram o grupo móvel de fiscalização do governo federal, que liberta trabalhadores. A resposta que publicamos sobre o ataque da senadora, está dois post abaixo.
Segue o discurso:
Ao final, então, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero manifestar a minha solidariedade à entidade não-governamental Repórter Brasil, em especial o seu Diretor-Coordenador, o jornalista Leonardo Sakamoto, quando aqui, nesta semana, a Senadora Kátia Abreu, que integrou a Comissão que visitou a Pagrisa, no Pará, referiu-se ao fato de que o Sr. Leonardo seria dono do site Repórter Brasil, quando, na verdade, o Repórter Brasil é uma organização não-governamental, com diretoria e estatuto devidamente registrado. Ela não possui dono, mas associados, que elegem uma diretoria, da qual o Sr. Leonardo faz parte.
Aproveito para informar que o Sr. Leonardo ocupa o cargo de direção na Repórter Brasil, sem remuneração, como manda o estatuto da entidade. Esse trabalho conta com o fato de ele ser bolsista em instituições de pesquisa, além de cientista político.
Portanto, quero manifestar todo o nosso desagravo a qualquer menção que possa diminuir a importância da ONG Repórter Brasil, que funciona como um dos mais importantes meios alternativos de comunicação para informar ao Brasil e ao mundo os avanços, as lutas, os reveses, todas as dificuldades impostas àqueles que combatem o trabalho escravo.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, com a firme convicção de que a luta contra o trabalho escravo tem de estar muito presente na agenda do Congresso Nacional, do Governo e da sociedade, para que o Brasil, daqui a pouco tempo, possa anunciar ao mundo e a si mesmo que ficamos livres do trabalho degradante, do trabalho escravo, que diminui a dignidade humano.
PS: Quero aproveitar para agradecer os apoios que recebemos de entidades, como a Comissão Pastoral da Terra, a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, a Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo do Maranhão, entre outras. E, é claro, de nossos leitores.
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