Trabalho degradante interdita usina de cana no MS
E depois dizem que as histórias sobre superexploração nos canaviais brasileiros são invenções dos gringos para impedir que o Brasil seja uma potência. Não precisa, o país se afunda sozinho mesmo ao negar direitos básicos à sua gente.
O grupo móvel de fiscalização interditou, ontem, a Usina Debrasa, em Brasilândia, a 400 quilômetros de Campo Grande, após encontrar cerca de 800 trabalhadores indígenas em condições degradantes.
De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho, os alojamentos não possuíam condições de mínimas de higiene: havia lixo espalhado pelo chão, moscas e outros insetos, restos de comida e esgoto a céu aberto, além de estarem superlotados. Os banheiros também estavam em estado precário.
Já vi fotos de xilindrós melhores que esse alojamento (Foto: MPT/Divulgação)
Segundo o procurador do trabalho e vice-coordenador nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Jonas Ratier Moreno, que integra o grupo móvel, as condições encontradas são extremamente degradantes.
Os trabalhadores eram obrigados a comprar as marmitas, garrafas de água, talheres, papel higiênico e outros produtos de higiene pessoal. O transporte dos trabalhadores eram feito sem segurança. Após a fiscalização, os auditores do Ministério do Trabalho e Emprego presentes na ação interditaram os alojamentos e as frentes de trabalho por falta de instalações sanitárias e de reposição de água potável.
Não é a primeira vez que a empresa é denunciada e autuada por irregularidades trabalhistas e atraso de salário.
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