Topo

Leonardo Sakamoto

Veja simulação do desmatamento na Amazônia até o ano 2031

Leonardo Sakamoto

29/01/2008 23h21

Brasília – Quem quiser ver o que pode acontecer com a Amazônia se o desmatamento não frear pode ver um modelo de simulação desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, pela Universidade Federal de Minas Gerais e pelo The Woods Hole Research Center anos atrás. O modelo utiliza uma taxa de devastação baseada em estimativas históricas e em medições entre 1997 e 2002. A elas foram acrescentadas previsões de impacto baseadas no asfaltamento de rodovias como a Transamazônica e a Porto Velho-Manaus.

A pavimentação da Cuiabá-Santarém, via de escoamento de soja do Mato Grosso até o porto na cidade paraense, foi prevista para 2005, mas não aconteceu – uma vez que essa promessa do governo federal não saiu do papel. Ainda bem… Mas pelo que pode ser visto, a área desmatada até 2007 é bem similar à situação atual.

Coisas mudaram desde o início dessa projeção. O preço da soja e da carne passaram por uma baixa nos mercados internacionais e, com eles, o ritmo do desmatamento caiu. Agora, a alta do preço do gado voltou acelerar a substituição da floresta por pasto. Preço vai, queimada vem, e a Amazônia e seus povos vão virando pó e lembrança.

Para baixar a simulação 2001-2031, clique aqui.
Para assistir a simulação, clique aqui.

Sobre o Autor

É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.