"Desmatei sim, mas foi pouco"
Brasília – Interessante essa grita geral de pecuaristas, de sojeiros, do ministro da Agricultura Reinhold "Não Acredito" Stephanes, do governador Blairo "Soja" Maggi, ruralistas e políticos de ruralistas em geral. A taxa de desmatamento da floresta amazônica que eles alardeiam como a correta, em detrimento aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, ainda é uma vergonha internacional de tão alta. Há municípios que já estão devendo reserva legal de mata (aqueles 80% que devem ser preservados por propriedades na Amazônia), de tão desmatados – muitos deles na lista dos 36 sob embargo, publicada pelo governo federal. Não poderiam derrubar mais nada.
Além disso, muitas das medidas de punição do decreto de dezembro do ano passado já estavam previstas no decreto 3179, de 21/09/1999, que orienta a lei de crime ambientais. O setor agropecuário já sabia que poderia sofrer sanções, mas não acreditava nelas. Não que o governo será capaz de fazer algo, mas imagem é tudo. E a imagem deles está péssima dentro e fora do país.
O presidente Lula acredita que o modelo de desenvolvimento do agronegócio é a solução para a pobreza do país. Além disso, vê nas vendas internacionais de commodities fontes de recursos – que serão usados em serviços de dívida. Diante disso, não duvidaria se ele se dobrasse diante dessa pressão. Cabe à sociedade civil ficar de olho nas tentativas de calar a boca de quem denuncia.
Tomem tento, senhores.
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