Trabalhador acusa fazendeiro de marcá-lo com ferro e fogo
Eu estava fora do Brasil, então dou a história um pouco tarde. Especialmente para quem diz que não existe trabalho escravo no Brasil.
A fazenda Bonsucesso, do pecuarista Gilberto Andrade, foi palco de uma libertação de 35 escravos no último sábado. De acordo com os coordenadores da ação, que contou com a participação do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal, os peões foram contratados para o roço da juquira (limpeza do pasto) e dormiam no curral, junto com o estrume dos animais. Não recebiam nada pelo serviço desde dezembro e, de carne, lhes era dado apenas restos, como pulmões e tetas de vaca.
O pecuarista já está na "lista suja" do trabalho no Brasil (cadastro do governo federal que mostra quem utilizou essa prática), é reincidente no crime e velho conhecido de quem combate a escravidão no país. Já teve prisão preventiva decretada por trabalho escravo mas, é claro, não foi condenado a cumprir pena.
Dessa vez, algo que não se vê todo dia: um dos trabalhadores acusa o patrão de tê-lo marcado a ferro.
Seguem as fotos.
Se a Câmara dos Deputados já tivesse aprovado a proposta de emenda constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras em que escravos tenham sido encontrados, as propriedades de Gilberto Andrade já teriam mudado de mãos. Mas com a bancada ruralista ditando normas no Congresso, acho difícil isso acontecer.
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