Passeata na Paulista pede fim do cerco à Faixa de Gaza
Dizem que cada palestino expulso de suas terras – e não são poucos desde 1948, quando foi criado o Estado de Israel – guarda uma chave que carrega sempre consigo. Não é a chave de seu carro, de seu escritório ou do barraco de lona perdido em algum lugar entre a Jordânia, a Síria e o Iraque.
É a chave de sua casa, na terra apontada como sagrada por sua religião e para onde eles nunca mais puderam voltar. Provavelmente, o que conheciam por lar não existe mais. Afinal, 60 anos se passaram. Mas continuam levando em seus bolsos e bolsas o símbolo do retorno exigido – e merecido.
Hoje, 30 de março, é o dia da terra Palestina. Em todo o mundo, milhares de pessoas protestam contra a opressão desse povo, dilacerado por muros e postos de controles israelenses, que têm suas casas destruídas e sua liberdade cerceada. Aqui no Brasil, uma das mobilizações aconteceu na avenida Paulista, em São Paulo. Não eram muitas pessoas, pelas minhas contas pouco mais de 200 passaram por lá.
Agradeceram a acolhida do governo brasileiro, mas também pediram que não fossem selados acordos comerciais com Israel enquanto o país mantivesse sua política para Gaza. Lembraram seus mortos, como não podia deixar de ser. A caminhada também foi curta, da praça Osvaldo Cruz até o prédio da Gazeta, quase nada se comparada com a longa jornada por uma paz duradoura em sua terra natal.
Paz que nem se avizinha no horizonte.
O bebê é brasileiro, filho de um casal de refugiados palestinos que vieram para o Brasil tentar uma nova vida.
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