Fiscalização de trabalho escravo recebe ameaças no MT
Um veículo do grupo móvel de fiscalização estadual, formado por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, agentes da Polícia Rodoviária Federal e um procurador do Ministério Público do Trabalho, foi danificado nesta quarta (18) durante uma ação que libertou 15 trabalhadores da escravidão no Estado do Mato Grosso.
Durante o curso da operação, a polícia militar de Confresa (MT) recebeu ligações anônimas com ameaças contra a fiscalização, alertando que os seus veículos seriam destruídos, e também contra o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da região, que seria morto por colaborar com o grupo móvel. Uma pedra foi lançada sobre o pára-brisa de uma das viaturas, quando estava estacionada na cidade. Não havia ninguém no veículo. A polícia investiga o ocorrido, ninguém foi preso.
Os escravos foram retirados da Agropecuária São José, conhecida como fazenda Reunidas, localizada na vizinha São José do Xingu (MT), em meio a um grande rebanho de gado.
A ação ocorreu nesta terça e quarta. Inicialmente, os responsáveis pela propriedade se negaram a colaborar com o grupo móvel. Porém, a investigação da equipe levou a precários barracos de lona que alojavam trabalhadores no meio da mata. A água de beber era dividida com o gado. Enquanto isso, a casa utilizada pelos proprietários era uma mansão, contrastando com a situação encontrada nos barracos. De acordo com Renata Vieira, auditora fiscal do trabalho e coordenadora da ação, era uma "construção imponente, com instalações confortáveis e luxuosas. E, além de piscina, no local havia um avião particular". Um mordomo que cuidava da casa.
Os trabalhadores libertados receberam seus direitos trabalhistas e foram inseridos no seguro-desemprego. O Ministério Público do Trabalho irá abrir uma ação civil contra os empregadores.
A mesma equipe fiscalizou outras quatro fazendas na região, encontrando irregularidades trabalhistas.
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