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Leonardo Sakamoto

Às 20h30, apaguem as luzes por uma hora

Leonardo Sakamoto

28/03/2009 12h21

A Hora do Planeta, campanha mundial da WWF, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas. Para participar, apague as luzes de sua residência ou negócio por uma hora na noite de hoje.

Diz a campanha: Este ano é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para combater o aquecimento global. Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.

No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado –, é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global. No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.

Sugestão: nas outras 8759 horas do ano, você pode fazer muito mudando seus hábitos de consumo (ou seja, comprando menos e mais racionalmente), reciclando, enfim. Por exemplo, a indústria de alumínino, daquelas latas que você joga fora, é uma devoradora de eletricidade e tem demandado a construção de usinas hidrelétricas. Como a da Usina de Estreito, no Maranhão, que vai ser responsável por um belo impacto ambiental, além de desalojar dezenas de comunidades indígenas.

O consumidor tem uma importante arma: o boicote. Pena que a usamos tão pouco.

Sobre o Autor

É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.