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Leonardo Sakamoto

Meu amigo Zé: contrabando de luxo é missão humanitária

Leonardo Sakamoto

08/04/2009 15h42

(Tenho recebido valiosas contribuições de um jornalista amigo meu, o Zé. Como ele não tem paciência para ter um blog, mas conta com uma sensibilidade ímpar, vou passar a postar aqui algumas de suas impressões.)

Meu amigo Zé me pergunta se as autoridades brasileiras não gostam de produtos populares.

Pois se o contrabandista Law Kin Chong tem suas lojas fechadas e suas mercadorias apreendidas, porque a Daslu, que tem dona contrabandista, segue funcionando na boa e com Calvin Klein, Dolce & Gabbana, Louis Vuitton e Prada à mostra?

Será que se faltar Armani e Valentino, no Itaim Bibi, tem gente que vai passar a comprar terninho na rua Oriente, no Brás?

Sobre o Autor

É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.