Não basta bater na mulher, tem que ficar impune
A Lei Maria da Penha, aprovada em 2006 para combater a violência doméstica contra a mulher, está sob ataques. Interpretações distorcidas de juízes, falta de orçamento para colocar políticas de prevenção em prática, liminares tramitando nos tribunais superiores para diminuir a força dessa lei. Inacreditável? Que nada! Viva o Brasil chauvinista e patriarcal, que usa a justificativa da "defesa da honra" para honrar a própria ignorância e covardia.
Quem lucra com esse tipo de coisa de mudança na lei? Gente que foi acusada através dela ou que quer desmandar livremente sem ser importunado. Vale lembrar um exemplo que já postei aqui, tirado do Blog Viva Mulher, da jornalista Maíra Kubik Mano:
"No ano passado, um episódio envolvendo os globais Dado Dolabella e Luana Piovani terminou com o ator indiciado por agressão dentro dos parâmetros da Lei Maria da Penha. Ele chegou a ser preso por descumprir determinação judicial que o obrigava a não se aproximar de Piovani, sua ex-namorada. Dado foi defendido publicamente por famosos como o vice-presidente de operações da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
Se a legislação endureceu, é porque as leis anteriores não foram suficientes para evitar mortes, mutilações, estupros e todo o tipo de agressões. Não é à toa que homenagearam a farmacêutica Maria da Penha: em 1983, o marido dela, um professor universitário, tentou assassiná-la por duas vezes. Na primeira com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda por choques elétricos e afogamento. Contudo, ele só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos cumprindo pena em regime fechado."
Querer tirar esse mínimo do já pequeno pacote de direitos da mulher é o fim da picada.
Umabaixo-assinado está circulando para apoiar que a lei continue como está.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.