É Natal! Que se danem os trabalhadores
Sábado de manhã, ruas José Paulino e Oriente lotadas em São Paulo. A sociedade não se pergunta a razão de roupas serem vendidas a preço tão baixo. Apenas compra, compulsivamente.
O governo também não reclama, porque há impostos. As grandes confecções não reclamam, afinal essa estrutura lhe dá lucro. O setor empresarial não reclama, haja visto que roupas baratas ajudam a manter baixo o custo de reprodução social dos seus empregados. E segurar as pressões por aumento de salários.
Ninguém se pergunta como algo de valor pode custar tão barato. Ninguém faz a ligação de algumas gôndolas bonitas com as imagens de trabalhadores superexplorados em decrépitas oficinas de costura, seja em São Paulo, seja em Xangai, ganhando uma miséria para que fiquemos bem vestidos.
Afinal, é Natal. Tempo de união e paz. Para mim e os meus, é claro. O outro, que se dane
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