Wagner Moura: É possível ser crítico ao PT, mas também contra o impeachment
Leonardo Sakamoto
16/09/2016 18h47
Recebemos Wagner Moura, no estúdio da TV UOL, para bater um papo sobre Pablo Escobar e a segunda temporada de Narcos, além de sua próxima empreitada: a cinebiografia do político e guerrilheiro Carlos Marighella. Mas também conversamos sobre o clima de polarização e perseguição política no país, a legitimidade do governo Michel Temer, o papel dos artistas em momentos de resistência social, sua atuação como embaixador da ONU contra a escravidão.
E, é claro, o momento que ele considera o auge de sua carreira: substituir Renato Russo em um show da banda Legião Urbana.
Wagner Maniçoba de Moura nasceu no dia 27 de junho de 1976, em Salvador, na Bahia. O ator, diretor e cover de Renato Russo, está de volta aos trending topics das redes sociais com a estreia da segunda temporada da série Narcos – que já havia lhe rendido uma indicação ao Globo de Ouro. Mas Wagner não é apenas um dos mais reconhecidos artistas brasileiros em todo o mundo. É também um importante militante dos direitos humanos. E tem participado ativamente da discussão política nacional.
Originalmente, faríamos uma entrevista com Wagner. Mas recebemos uma complexa e profunda apresentação de PowerPoint do "Ministério Público Federal". Então, o que era uma visita amigável se tornou condução coercitiva e a entrevista foi uma tomada de depoimento. Com ou sem convicção. Esses foram os assuntos que pautaram a conversa:
Assista ao vídeo na íntegra e por temas:
Sobre o Autor
É jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Cobriu conflitos armados em diversos países e violações aos direitos humanos em todos os estados brasileiros. Professor de Jornalismo na PUC-SP, foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York (2015-2016), e professor de Jornalismo na ECA-USP (2000-2002). É diretor da ONG Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e comissário da Liechtenstein Initiative - Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É autor de "Pequenos Contos Para Começar o Dia" (2012), "O que Aprendi Sendo Xingado na Internet" (2016), entre outros.